“Ser ou não ser, eis a questão?”. O teatro simula a vida.
Quando nos permitimos viver um personagem libertamos uma parte nossa que estava
aprisionada.
Viver a realidade o tempo todo, às vezes, cansa. Por isso
nada melhor do que abrir um armário e dar uma voltinha em Nárnia.
Quando nos expressamos livremente, é como se fizéssemos meses
de intenso trabalho psicológico. O Elã, que é a alma do personagem, transborda
e se confunde com parte da nossa própria alma, podemos adestrar nossos demônios,
dar vida aos nossos príncipes, princesas, heróis e heroínas. Essa discussão
boba de gênero se perde, a concepção do espaço e tempo muda.
O teatro permite a descoberta da nossa criança eterna, a
criança interior. Permite descobrirmos nossos amadurecimentos e testá-los sem
compromisso com a realidade. Viver a vida de um personagem é como embarcar em
uma realidade virtual segura. Patologias à parte, o teatro cura.
Meta número 2 do segundo semestre de 2019: intensificar as
atividades lúdicas e teatrais e criar na agenda um espaço para ir mais ao
teatro e se possível fazer teatro. (caso você não tenha entendido o porque de
eu escrever sobre teatro, ele fez parte da minha vida por muitos anos, e as
invencionices da idade adulta acabaram por me afastar temporariamente dele.)