Quando penso em orgulho, penso em história que eu quero lembrar. Quando penso em orgulho ferido penso na história que quero esquecer. E assim vai o jogo de se autoexpresar, jogando com a nossa história, fazendo termos erros e acertos, para um dia aprender. Aprender um ponto, outros mil serão necessários para compor 1 pequenino pedaço do mapa da nossa consciência.
Há quem negue na composição de nossa consciência a nossa carga animal. Há quem negue a própria verdade escancarada na ponta do nariz, mas nem por isso é menos verdade. Ou seja, nem por isso, ao nos tornarmos humanos, deixamos de ser animais.
Quando aprendi que era preciso uma busca pela cura da minha autoimagem, eu saí em uma jornada de autos e baixos, de dores, de temores. Só que isso nunca foi a tônica da minha interação com os outros. Como sempre quis amar e ser amado, sempre busquei meu melhor lado. Exceto quando meu orgulho foi ferido.
Quando a gente vai crescendo, o ideal de mundo nos é construído pelas histórias que nos contam, pelas histórias que vemos. E lá vai nossa mente projetando ideais de realidade para a nossa história final. E para ajudar, desde os primórdios da humanidade nos reunimos ao redor de crenças de histórias redutivas que não nos permitem ver que até mesmos os heróis que tivemos, ao longo de vários milênios nas milhares de culturas, tiveram histórias complexas.
Aí é que vem o crescimento energético e emocional. Precisamos aprender a isolar nossa essência dos efeitos massificantes da estrutura social. Precisamos entender quem somos, o que nos é essencial para podermos refazer nossa relação de orgulho com a nossa história. Que tipo de narrativa eu quero no encerramento dos meus atos? Aquelas que condizam com a forma com a qual eu vivi.
Quando eu passo a expandir a minha mente com estudo e a minha energia no exercício contante da espiritualidade positiva, passo a perceber que há muitas camadas na nossa realidade. E isso muda a noção de orgulho que temos com a nossa história. Muda completamente. O preconceito por exemplo é um desses fatores.
O ódio, a raiva, o medo, e as cargas de pré-conceitos negativos são todas frequencias de baixa vibração. Logo, em verdade há menos divindade na no negativo, não que a energia não seja polar e dual, mas a divindade que cria, que é amor, que contrói. E esse último pensamento faz parte da moral e da ética que construí. E a nossa moral e nossa ética norteiam o que é ponto de orgulho ou não para a nossa história.
O problema maior é que muitas vezes preferimos as crenças da massa como norteadoras da moral, e esquecemos que o humano é composto do animal e do anjo (alma divina e consciente). E com isso aprendemos valores equivocados para o orgulho, para o certo e o errado, para a significação da vida.
Nosso corpo é uma fonte incrível de vitalidade, um templo da nossa existência e tem suas características orgânicas. Nossa mente é templo para nossa consciência atual, misto da nossa ancestralidade e dos nossos reflexos da sociedade. Nossa alma é nosso veículo divino que vive a experiência de se fundir com a carne. Quando nos damos conta da imortalidade dessa alma, passamos a compreender de forma diferente as relações da mente e do corpo.
E o orgulho? Ele é a impressão do rastro no tempo que eu deixo dessa tríplice aliança entre a mente, o corpo e alma. Logo, se minha história só diz respeito a mim, as noções e éticas do que macula e do que dá brilho para a minha história só pertencem a mim.
Por isso, tenho, e peço que você também tenha, orgulho da sua integralidade, de quem você é em cada um dos estágios da vida, o animal, o humano e o anjo. E se permita viver a sua essência com orgulho.